sábado, 29 de março de 2014

Passo a Passo

 Cartucho de Doces

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Você vai precisar de:
  • Rolos de papel toalha;
  • Papel crepom;
  • Fita dupla face;
  • Tesoura;
  • Cartolina;
  • Caneta;
  • Fitas (cetim, soutache, fio encerado…o que tiver em mãos).
Siga as Fotos:
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Fofo, não é mesmo? eu achei.
Espero que tenham gostado da dica.  Beijos e até a próxima.

Como colocar preço no seu produto

Você sabe como colocar preço no seu produto?


 ANÁLISE DE MERCADO
Na postagem anterior, você aprendeu a identificar o custo do seu produto. Ficou sabendo que o gasto com material é apenas um dos itens que deve ser considerado nessa hora e que nenhuma despesa pode ser deixada de fora da conta, por mais insignificante que possa parecer. Agora, você irá descobrir alguns outros elementos que irão influenciar seus cálculos.
Além dos gastos com materiais, insumos, propaganda, comissões etc (custo do produto), é importante identificar um outro elemento muito importante para a definição do preço do seu produto: o lucro.
Como diz aquele ditado popular “quem trabalha de graça é relógio”, portanto nada mais justo que, depois de ter investido tempo, dedicação e dinheiro em um determinado projeto, você queira ver o resultado desse investimento. Mais uma vez, você pode pensar que esta é uma tarefa fácil. Afinal, basta perguntar a si mesma “quanto eu quero ganhar esse produto?” e a mágica acontece. Mais uma vez, preciso alertá-la de que as coisas não funcionam bem assim.
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Claro, é importante saber quanto se pretende lucrar com o seu trabalho. No entanto, esse valor não pode ser utópico e nem baseado apenas nas suas expectativas. É preciso também levar em consideração uma série de fatores que podem (e vão) influenciar no valor final que você irá cobrar pelo seu produto. É preciso conhecer o que as demais partes “interessadas” no seu produto têm a dizer sobre ele. É preciso fazer uma Análise de Mercado (ainda que simplificada).
Resumidamente, podemos dizer que a análise de mercado é uma estratégia utilizada por empresas que buscam perpetuar-se, através do estudo de uma série de variáveis que permeiam seu ambiente externo e que influenciam, direta ou indiretamente, seu negócio. Em outras palavras, ela permite que a empresa conheça de perto o ambiente onde o seu produto/serviço se encontra (mercado), identificando oportunidades ou crises e buscando as melhores estratégias para seguir em frente nessa verdadeira “roda-viva”.
Basicamente, o mercado está composto pelo ambiente onde a empresa e produto se localizam, pela concorrência e pelo perfil do consumidor. Na próxima postagem, você saberá como esses 3 elementos podem influenciar na definição do preço do seu produto e, consequentemente, no lucro que ele pode lhe proporcionar.

Calcular o preço do seu produto

Você sabe como calcular o preço do seu produto?

IDENTIFICANDO OS CUSTOS
Para calcularmos o preço de um produto, uma das coisas que precisamos saber é quanto, de fato, gastamos para produzi-lo, isso é, o custo do produto. Os especialistas costumam diferenciar despesa de custo, mas, para facilitar o entendimento, chamarei tudo que é gasto com o produto de custo.
Como, normalmente, as pequenas artesãs produzem em casa mesmo e não possuem um ponto de vendas (físico), também não farei distinção entre custos fixos ou variáveis nem entre diretos e indiretos. Considerarei tudo como custo.
O custo do produto pode variar de acordo com o tipo de negócio e com o tipo de produto. Basicamente, podemos considerar os gastos com:
  • Material (feltro, linha, tecido, papel, fitas, cola, embalagens; impressão etc)
  • Água;
  • Energia elétrica (ex: uso de cola quente, ferro de passar roupa; secador, iluminação etc);
  • Comissões (ex: se você, como eu, tem loja em sites especializados, normalmente costuma pagar uma taxa para manutenção da loja no ar e por cada produto vendido. Isso vale também para o Pag Seguro);
  • Transporte (para compra de material, entrega do produto etc);
  • Propaganda (cartões de visita, manutenção de site na Internet etc);
  • Frete.
Gastos com energia e água  podem parecer complicados de se embutir no valor do produto, pois nem sempre serão consumidos com a mesma intensidade. Eu costumo estimar um valor, com base na minha conta mensal (ex: 5% do valor da conta, que deverão ser rateados pela quantidade de peças que produzo em um mês). O que não dá pra fazer é desconsiderar esse gasto.
Gastos com material também costumam dificultar o cálculo. Nesse caso, é preciso certa experiência para saber quanto de cada material se gasta para produzir uma certa quantidade de produtos e fazer o rateio. No começo, é preciso ir trabalhando com estimativas. Com a prática, as contas vão se ajustando. Daí a importância de manter as anotações sobre cada trabalho em dia.
Dica! Para cada encomenda que receber, anote a quantidade de material que foi utilizada para usar como base para as próximas.
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Os gastos com propaganda também são difíceis de mensurar quando se trabalha com venda sob encomenda. Como ratear o valor gasto com a propaganda se você ainda não sabe quantos produtos irá produzir? a solução, novamente, vem com a experiência. Com o tempo você vai ter uma base de quanto costuma produzir por semana, mês, ano. Daí, é só fazer o rateio. No início, trabalhe com estimativas.
Nunca deixe de considerar nenhum gasto. No início, não se preocupe se não conseguir chegar a um valor exato, por não saber quanto irá produzir. Trabalhe com estimativas. Com o tempo, você vai fazendo as correções necessárias até chegar ao valor ideal.
Exemplo prático:
Uma artesã recebeu uma encomenda de 20 panos de prato pintados à mão. O cliente deseja receber os produtos em outra cidade, via PAC. Para calcular o custo de cada peça ela considerou os seguintes gastos
Obs.: nesse exemplo, vamos trabalhar com valores referentes a cada peça, mas nada impede que você trabalhe com valores referentes à  quantidade total de peças encomendadas):
 Para produzir os 20 panos de prato, ela sabe que irá utilizar:
  • Pano de prato brancos. Valor de cada peça = R$1,80
  • Tinta: ela utilizará 5 cores de tinta (meio vidro de cada cor). Cada vidro custa R$ 1,60. O total gasto com as tintas para produzir os 20 panos de prato será de R$4,00 (5×1,60 /2 = 4). Portanto, para cada peça ela vai gastar R$0,20 com tintas (4/20 = 0,20);
  • Água: para lavar os pinceis. Aqui, vale a estimativa: a artesã estima que, no mês, vende cerca de 100 panos de prato e que gasta cerca de 5% do valor de sua conta mensal de água, que é de R$35,00. Ou seja, para produzir 100 peças por mês ela gasta R$1,75 com água (5% x 35 = 1,75). Então, para produzir 1 peça, ela gasta R$0,017 com água (1,75/100 = 0,017);
  • Energia: antes de pintar os panos de prato, a artesã, muito caprichosa, certamente passou-os a ferro. Além do mais, a energia elétrica consumida para ventilar e iluminar o ambiente em que ela trabalha, bem como a alimentação do computador que usa para divulgar o trabalho, também deve ser considerada. Para se calcular o valor de energia que deve ser embutido no valor do produto, ela deverá proceder como fez acima, com a água. Façamos de conta de o valor encontrado para cada peça foi de R$0,20;
  • Frete: Como o frete varia de acordo com quantidade e destino, não acho legal embuti-lo ao preço do produto. Prefiro informá-lo, separadamente, ao cliente, no momento da encomenda.
  • Comissão: Nesse caso, ela não existe;
  • Propaganda: A divulgação dos produtos é feita, exclusivamente, por meio de um blog. Portanto, ela pode considerar o valor gasto com a conta da Internet. Nesse caso, procederá como fez com água e energia. Digamos que o valor encontrado para cada peça foi de R$0,45.
  • Transporte: tanto para compra de material como para entrega do produto, mesmo que seja em uma agência dos Correios. No caso de veículo próprio, faça uma estimativa de gasto de combustível (como no exemplo da água). Caso você utilize transporte público, faça o rateio do valor das passagens (ida e volta) pela quantidade de produtos. Digamos que nossa artesã gastou R$ 8,00 em passagens de ônibus (para comprar o material e levar a encomenda aos Correios). Distribuindo esse valor entre as 20 peças que produziu, encontrará um custo com transporte de R$0,40 por peça.
Somando todos os gastos calculados para cada pano de prato, ela encontrará:
R$1,80 (pano de prato) + R$0,20 (tintas) + R$0,017 (água) + R$0,20 (energia elétrica)  + R$0,45 (propaganda) + R$0,40 (transporte) = R$3,067, que pode ser arredondado para R$3,07.
Esse é o custo do produto, isto é, para cada pano de prato da encomenda, ela gastou R$3,07.
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Pronto, agora que você já tem uma noção de como identificar o custo de um produto, faça testes com as peças que você produz e verifique se está considerando, de fato, tudo o que gasta com elas. Pratique bastante essa etapa do processo de definição de preços, pois no próximo post você verá outros itens que deverão ser embutidos.

Artesanato X Trabalho Manual

Artesanato x Trabalho Manual: conheça as diferenças
Artesanato - Compreende toda a produção resultante da transformação de matérias-primas, com predominância manual, por indivíduo que detenha o domínio integral de uma ou mais técnicas, aliando criatividade, habilidade e valor cultural (possui valor simbólico e identidade cultural), podendo no processo de sua atividade ocorrer o auxílio limitado de máquinas, ferramentas, artefatos e utensílios.
Não é considerado artesanato:
  • Trabalho realizado a partir de simples montagem, com peças industrializadas e/ou produzidas por outras pessoas;
  • Lapidação de pedras preciosas;
  • Fabricação de sabonetes, perfumarias e sais de banho, com
  • exceção daqueles produzidos com essências extraídas de folhas, flores, raízes, frutos e flora nacional.
  • Habilidades aprendidas através de revistas, livros, programas
  • de TV, dentre outros, sem identidade cultural.
Trabalho Manual - Apesar de exigir destreza e habilidade, a matéria-prima não passa por transformação. Em geral são utilizados moldes pré-definidos e materiais industrializados. As técnicas são aprendidas em cursos rápidos oferecidos por entidades assistenciais ou fabricantes de linhas, tintas e insumos.Normalmente é uma ocupação secundária, realizada no intervalo das tarefas domésticas ou como passatempo. Em alguns casos, configura-se como produção terceirizada de grandes comerciantes de peças acabadas que utilizam aplicações de rendas e bordados como elemento de diferenciação comercial. São produtos sem identidade cultural e de baixo valor agregado.
Características dos Trabalhos Manuais:
  • Seguem moldes e padrões pré-definidos difundidos por matrizes comercializadas e publicações dedicadas exclusivamente a trabalhos manuais;
  • Apresenta uma produção assistemática e não prescinde de um
  • processo criativo e efetivo;
  • Utiliza matérias e técnicas de domínio público;
  • Produtos baseados em cópias, sem valor cultural que identifique sua região de origem ou o artesão que o produziu;
  • Normalmente utiliza matéria-prima industrializada ou semi-industrializada;
  • Recebe influência global.
Coordenações Estaduais do Artesanato